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A Corrida pelo Arrendamento: Imóveis São Arrendados em Menos de 24 Horas em Portugal

  • Redação Mudei e Agora
  • 20 de mai.
  • 2 min de leitura


O mercado de arrendamento em Portugal está a passar por uma verdadeira corrida, marcada por um desequilíbrio crescente entre oferta e procura. Em abril de 2025, os preços das rendas subiram 5,1% em termos homólogos, segundo dados recentes do idealista. Este aumento ocorre num cenário de elevada competitividade, onde arrendar uma casa está cada vez mais difícil — e rápido. Cerca de 9% dos imóveis anunciados são arrendados em menos de 24 horas, o que ilustra o quão escassa e disputada está a oferta.


Lisboa, Porto e o Algarve são os mercados mais pressionados, refletindo tanto o crescimento da população urbana quanto o regresso de trabalhadores ao regime presencial. Os dados mostram ainda que cada imóvel disponível atrai, em média, 21 famílias interessadas, o que torna o processo de seleção por parte dos proprietários mais rigoroso e frustrante para os arrendatários.


Este cenário está a ser influenciado por diversos fatores. O aumento das taxas de juro nos últimos anos dificultou o acesso ao crédito à habitação, levando muitas famílias a optar por arrendar em vez de comprar. Ao mesmo tempo, a escassez de construção nova e a reconversão de imóveis para turismo (como Alojamento Local) contribuíram para reduzir a oferta disponível para arrendamento de longa duração.


As consequências sociais começam a ser sentidas, com muitos jovens e famílias de classe média a serem empurrados para as periferias ou para habitações inadequadas. A falta de políticas públicas de habitação acessível e de incentivos à construção direcionada ao mercado de arrendamento agrava o problema.


O debate sobre a regulação do mercado imobiliário, especialmente no que diz respeito ao arrendamento, está a ganhar força. Especialistas defendem a criação de incentivos fiscais para quem coloca imóveis no mercado de arrendamento de longa duração, bem como programas públicos de construção de habitação a preços controlados.


🔗 Fonte: idealista.pt



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