Compradores Estrangeiros Pagam Quase 70 % a Mais por Imóveis em Portugal
- Redação Mudei e Agora
- 25 de jun.
- 2 min de leitura

Compradores estrangeiros estão dispostos a pagar, em média, 67 % mais por habitação do que os compradores nacionais em Portugal. Embora representem apenas cerca de 6–7 % das transações, o valor médio gasto por estes compradores é significativamente superior.
De acordo com dados recentes, os estrangeiros adquiriram casas por um valor médio de 353 437 €, enquanto os portugueses pagaram cerca de 212 099 € no mesmo período — a diferença é quase o dobro do valor relativo ao investidor local.
Esse comportamento reflete um padrão:
A maioria das compras por estrangeiros concentra-se em áreas como Lisboa (40 %), Algarve (13 %) e Porto (9 %) ;
Muitos aproveitam o câmbio favorável — sobretudo os norte-americanos — e fazem compras depois de vender imóveis nos EUA, gerando poder de compra acrescido ;
Os estrangeiros focam-se em casas com qualidade diferenciada e em zonas de prestígio, o que empurra os preços locais.
Essa pressão externa tem efeitos concretos no tecido urbano: as zonas centrais de Lisboa e Porto tornam-se mais elitizadas, deslocando famílias de classe média e baixando a oferta acessível. Aos poucos, veem-se movimentos de suburbanização e micro-gentrificação — bairros outrora tradicionais recebem um perfil demográfico mais novo e internacional.
Para as autoridades, o desafio está nas medidas que possam equilibrar essa disparidade. Algumas ideias comentadas incluem taxas sobre investidores externos, incentivos fiscais para habitação acessível, ou limites automáticos em certas zonas. No entanto, a aplicação destas medidas exige cuidado para não restringir investimentos produtivos.
Do ponto de vista dos compradores portugueses, o cenário implica perceber que competem num mercado mais segmentado por faixa de preço. A estratégia passa por analisar alternativas na periferia ou regiões emergentes e integrar critérios como rendimentos, prazos de financiamento e sustentabilidade do investimento.
Fonte: idealista/news, Expresso, Jornal de Negócios



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