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Falta de Mão-de-Obra na Construção Ameaça Ritmo de Entrega de Novas Habitações

  • Redação Mudei e Agora
  • 20 de mai.
  • 1 min de leitura


Um dos maiores entraves à expansão do mercado imobiliário em Portugal atualmente é a falta de mão-de-obra qualificada no setor da construção civil. Segundo dados divulgados por entidades do setor, mais de 80% das empresas relatam dificuldades em contratar profissionais com experiência e competências técnicas adequadas.


Esta escassez afeta todas as fases da obra, desde a estrutura básica até os acabamentos. Pedreiros, carpinteiros, eletricistas, canalizadores e técnicos especializados tornaram-se recursos escassos e, por isso, mais caros. Como resultado, os custos de construção aumentaram e muitos projetos estão atrasados ou em risco de não serem concluídos dentro dos prazos.


A origem do problema é multifatorial. Por um lado, houve uma grande perda de mão-de-obra durante a crise económica de 2008–2013, quando muitos profissionais emigraram para outros países europeus. Por outro, a formação técnica perdeu atratividade entre os jovens, o que gerou um défice de novos trabalhadores.


A pandemia também agravou esta situação ao interromper cadeias de formação e atrasar projetos de requalificação. Hoje, mesmo com o aumento da procura por construção — impulsionado por programas como o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) — as empresas lutam para montar equipas completas.


A solução, segundo especialistas, passa pela requalificação de mão-de-obra nacional, por incentivos à contratação de trabalhadores estrangeiros qualificados, e por uma modernização dos processos construtivos. A construção modular e a digitalização do setor também surgem como possíveis caminhos para atenuar a crise.



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