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Investimento Imobiliário Europeu Cresce 6% no 1.º Trimestre de 2025

  • Redação Mudei e Agora
  • 11 de ago.
  • 2 min de leitura

O setor imobiliário europeu iniciou 2025 com sinais claros de recuperação. De acordo com dados divulgados pela CBRE e citados pela CNBC, o investimento cresceu 6% no primeiro trimestre, totalizando cerca de 45 mil milhões de euros. Este é um resultado expressivo, considerando o contexto macroeconómico ainda marcado por incertezas globais e instabilidade política.


Taxas de juro mais baixas impulsionam mercado

Uma das principais razões para essa retomada é a política monetária mais acomodatícia adotada pelo Banco Central Europeu. A redução gradual das taxas de juro ao longo de 2024 e início de 2025 estimulou o crédito e melhorou as condições de financiamento. Isso fez com que investidores institucionais e fundos internacionais voltassem a olhar para ativos imobiliários com maior apetite.


Segmentos com melhor desempenho

O estudo mostra que o mercado de habitação multifamiliar e as residências estudantis tiveram um salto de 43% em 12 meses, tornando-se o segmento mais procurado. O crescimento demográfico em cidades universitárias e a escassez de oferta habitacional para jovens impulsionam a valorização desses ativos.

O setor de retalho também surpreendeu positivamente, com aumento de 31% no acumulado anual e 26% apenas no trimestre. Este movimento é atribuído à adaptação do comércio físico ao omnichannel e à melhoria na confiança do consumidor.

No setor de hotelaria, houve crescimento de 23%, reforçado pelo turismo europeu, que se mantém robusto. Industrial e logística cresceram 19% e 16%, respetivamente, refletindo a expansão do e-commerce e a necessidade de centros de distribuição estratégicos.

O único segmento que apresentou retração foi o imobiliário de saúde, influenciado por cortes orçamentais e incertezas regulatórias.


Impacto das tensões comerciais

Apesar dos bons resultados, o relatório da CBRE alerta para um risco no horizonte: a imposição de novas tarifas comerciais pelos EUA contra produtos europeus. Essa medida pode afetar a confiança dos investidores e gerar instabilidade cambial, prejudicando previsões otimistas.


Cidades mais atrativas

Entre os mercados mais procurados no início de 2025, destacam-se Berlim, Paris, Madrid e Lisboa. A capital portuguesa, em particular, tem atraído fundos especializados em habitação para arrendamento de médio e longo prazo, beneficiando-se da procura de expatriados e nómadas digitais.


Tendências para o resto de 2025

A CBRE prevê que o volume total de investimento em 2025 poderá ultrapassar os 250 mil milhões de euros, desde que as condições macroeconómicas se mantenham estáveis. O investimento em ativos alternativos, como data centers e edifícios com certificações ambientais de topo, deverá ganhar força.

O foco na sustentabilidade é cada vez mais evidente. Investidores exigem construções com certificações como BREEAM e LEED, não apenas por razões ambientais, mas também para garantir maior liquidez e valorização futura dos ativos.


O que isso significa para Portugal

Para o mercado português, este crescimento europeu traz um efeito positivo indireto: aumenta a visibilidade do país como destino seguro e atrativo. Com preços ainda competitivos face a outros países da Europa Ocidental, Portugal tende a captar uma fatia crescente do capital internacional.

Entretanto, o desafio continua a ser a oferta limitada de imóveis novos em zonas centrais, o que pressiona preços e afeta a acessibilidade. Programas de licenciamento mais rápidos e incentivos fiscais poderão ser decisivos para aproveitar ao máximo esta fase de recuperação.


Fonte: CBRE via CNBC


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